quarta-feira, 23 de maio de 2012

Fome e doenças em África


Fome e doenças em África

A Dimensão da Fome em África
De acordo com a FAO (The Food and Agriculture Organization), há 186 milhões de pessoas com fome em África. A fome em África deve ser analisada em duas dimensões – longo e curto prazo. A longo prazo, as populações carenciadas possuem recursos limitados e são incapazes de comprar ou produzir, numa base contínua, a quantidade e qualidade de comida necessária para uma vida saudável. Esta condição crónica  é mensurável por um indicador denominado desnutrição crónica definido como a altura da criança relativamente à altura normal de uma criança da sua idade. Na África Sub-Sariana, a percentagem de crianças que estão com altura abaixo do normal, varia de 15% até 45%, mesmo em países onde não decorram conflitos ou que não sofram de seca grave. Isto indica que um grande número de crianças estará pouco desenvolvido a longo prazo, tanto física como mentalmente, em resultado de uma dieta inadequada.
Por outro lado, insegurança alimentar de curto prazo, frequentemente resultante de crises ou  faltas sazonais de alimentos, é medido por um indicador denominado desnutrição aguda, ou  seja o peso da criança relativo à altura. A percentagem de crianças com o peso abaixo do normal, que enfrentam assim um grave problema nutricional, geralmente varia entre 5% e 10% em países sem crise da ASS. A Tabela II apresenta os dados de medições nutricionais em oito países Africanos.   Como se verifica pela tabela, o progresso na redução da mal nutrição foi diferenciado na melhor das hipóteses, com um aumento na redução do peso normal em quase todos os países e um decréscimo da relação peso/peso normal em metade e um acréscimo na outra metade. É difícil decidir o que fazer com estes dados, apesar de parecer existir alguma indicação que países que tiveram um rápido crescimento e reduziram a pobreza (Gana, Uganda e Zimbabwe durante este período) tiveram uma redução no número de crianças com altura abaixo do normal para a sua idade, pelo menos nas áreas rurais. O que é claro é que a mal nutrição, tal como a pobreza, é pior nas áreas rurais de todos os países para o qual existe informação.


By : Victor Lucas Ferreira

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